O crescimento econômico gerado pela reforma da Previdência beneficiará principalmente os 50% mais pobres da população. A conclusão consta de relatório da Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Economia, divulgado em Brasília, em meio aos conflitos entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pelo destravamento da reforma.
No mês passado, o órgão tinha distribuído nota técnica na qual calculou que a economia cresceria 3,3% em 2023 com a aprovação total da reforma da Previdência, 2,3% com a aprovação parcial e encolheria 1,8% com as regras atuais.
Segundo o documento, a aprovação integral das novas regras poderia gerar até 8 milhões de empregos formais nos próximos quatro anos, mas o ministério não tinha divulgado a distribuição desse crescimento por classes sociais.]
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Agora, a SPE detalhou o impacto positivo da expansão da economia decorrente da reforma, conforme o nível de renda da população. O levantamento dividiu a população em 10 segmentos, em que o menor corresponde aos 10% mais pobres; e o maior, aos 10% mais ricos, e analisou o aumento da renda em cada faixa em dois cenários.
O estudo considerou o crescimento médio de 3% ao ano da economia até 2023, no caso de aprovação total da reforma, e retração média de 0,5% ao ano no mesmo período, sem mudanças nas regras.
De acordo com a nota técnica, a renda per capita cresceria mais entre os 50% mais pobres da população: de 3,07% por ano em média para o segmento entre 40% e 50% mais pobres a 3,48% por ano para os 10% mais desfavorecidos.
Entre os 50% mais ricos, a renda per capita também subiria, mas em ritmo menor: de 3% ao ano para a faixa entre 40% e 50% mais ricos a 2,63% ao ano entre os 10% mais ricos.
“A Nova Previdência traz ganhos a todos os brasileiros, mas favorece, particularmente, aqueles com renda mais baixa, cuja renda média terá maior aumento. As condições econômicas geradas pela Nova Previdência, elevando o emprego, reduzindo a informalidade e estimulando investimentos são fundamentais para o desenvolvimento de uma economia capaz de garantir condições mais seguras aos mais pobres no hoje e no amanhã”, destacou o documento da SPE.
Empregos formais
Conforme o levantamento, dois fatores beneficiarão as camadas mais pobres da população. Em primeiro lugar, o crescimento da economia aumenta a criação de empregos formais e reduz a informalidade, que afeta 91,64% dos 10 % mais pobres e apenas 18% dos 10% mais ricos, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a SPE, até 8 milhões de empregos com carteira assinada seriam criados caso a reforma da Previdência fosse aprovada na totalidade. A segunda razão para o crescimento da economia ter efeitos mais benéficos sobre as menores faixas de renda é a possibilidade de que a inclusão no mercado formal de trabalho aumente os gastos dessas famílias em educação e saúde.
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sábado, 30 de março de 2019
Chá beneficente com Michelle Bolsonaro arrecada R$ 5,3 Milhões de Reais.
Um chá beneficente com as presenças de Michelle e Jair Bolsonaro conseguiu arrecadar R$ 5,3 milhões em doações. O evento aconteceu nesta quarta-feira (27), na casa de Elie Horn, empresário e filantropo sírio-brasileiro, dono da incorporadora de imóveis Cyrela Brazil Realty.
Jair Bolsonaro discursou rapidamente para os cerca de 200 convidados. Ele falou sobre Deus e sua recuperação e prometeu trabalhar pela aprovação da reforma da Previdência.
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O chá da tarde foi organizado pela Unibes, ONG que presta assistência para crianças, adolescentes, idosos e famílias submetidos à situação de vulnerabilidade social. Mais de 15 mil pessoas são beneficiadas por ano.
Ainda em 2015, Horn doou cerca de 60% do seu patrimônio para causas sociais. Os valores chegaram a cerca de R$ 4 bilhões no câmbio atual. Atualmente, ele estuda criar um fundo permanente para manter os projetos sociais da primeira-dama Michelle Bolsonaro.
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